quarta-feira, 22 de abril de 2009

ABERTURA DO OLHOS

Abertura dos Olhos Kaimoku Sho
(Brasil Seikyo, edição nº 1749, 29/05/2004, página C6.)

Eu e meus discípulos, mesmo que ocorram vários obstáculos e maldades, desde que não se crie a dúvida no coração, atingiremos naturalmente o estado de Buda(1). Não duvidem dos benefícios do Sutra de Lótus(2), mesmo que não haja a proteção dos céus(3). Não lamentem a ausência de segurança e tranqüilidade na vida presente(4). Embora tenha ensinado dia e noite a meus discípulos, todos, criando a dúvida, abandonaram a fé. O que é costumeiro no tolo é esquecer nas horas cruciais o que prometera nas horas normais.

RESUMO E CENÁRIO HISTÓRICO
A “Abertura dos Olhos” é uma das cinco mais importantes escrituras de Nitiren Daishonin, a qual revela a sua identidade como o Buda dos Últimos Dias da Lei, possuidor das Três Virtudes de soberano, mestre e pais. É datada de fevereiro de 1272, quando Daishonin encontrava-se sob uma severa condição, exilado na Ilha de Sado(5), e endereçada a Shijo Kingo(6), um dos seus discípulos de maior destaque na região de Kamakura que, como samurai, servia ao clã Hojo. Por ocasião da Perseguição de Tatsunokuti(7), ocorrida em 12 de setembro do ano anterior, Shijo Kingo havia acompanhado o seu mestre até o local da execução com a decisão de morrer ao seu lado e testemunhou o grande triunfo de Daishonin. Mesmo após o exílio à longínqua Ilha de Sado, Shijo Kingo o visitou pessoalmente, além de enviar-lhe diversos materiais e oferecimentos por intermédio de seus mensageiros.

Nesta época, muitos dos discípulos de Daishonin também foram perseguidos com a desapropriação de suas terras e banidos de seus feudos pelas autoridades, demitidos do serviço pelos lordes, expulsos de suas famílias ou então penalizados com o pagamento de altas taxas. Diante dessas adversidades, muitos acabaram duvidando da prática do budismo. Por outro lado, Daishonin também foi alvo de difamações por parte das pessoas em geral e até mesmo de seus seguidores com críticas como: “Se ele é o devoto do Sutra de Lótus, por que razão não é protegido pelos deuses budistas?”


Essa escritura é uma resposta a essas críticas e dúvidas, e revela que o fato de Daishonin sofrer grandes perseguições nada mais é do que o cumprimento das profecias do Sutra de Lótus. Por essa razão, intitulou essa escritura “Abertura dos Olhos”, que significa abrir os olhos cegos das pessoas por causa do seu egoísmo e de sua ignorância. No budismo, geralmente os termos “Abertura da Luz”, “Abertura da Inteligência” e “Abertura da Luz da Inteligência” são freqüentemente substituídos por “Abertura dos Olhos”.


Assim, Nitiren Daishonin escreveu esta carta para revelar que ele era o verdadeiro devoto do Sutra de Lótus que mantinha a mais correta prática do budismo, além de declarar que era o Buda dos Últimos Dias da Lei(8), revelando o Objeto de Devoção em termos de pessoa(9).


TERMOS E FRASES

(1) Estado de Buda: Constitui-se numa condição de vida em que a pessoa adquire a sabedoria que lhe permite compreender a verdadeira essência da vida, de manifestar uma profunda benevolência por todas as pessoas e ter percepção das Três Existências da Vida e da Lei do Universo. É uma condição de vida de felicidade absoluta ou iluminação que nada pode corromper.

(2) Sutra de Lótus: Refere-se, em geral, aos vinte e oito capítulos expostos pelo Buda Sakyamuni como seu ensino mais elevado. No contexto desta escritura, é o Sutra de Lótus interpretado do ponto de vista de Nitiren Daishonin, isto é, refere-se à Lei de Nam-myoho-rengue-kyo.

(3) Proteção dos Céus: Refere-se aos Deuses Budistas que tem a função de proteger as pessoas que praticam o Verdadeiro Budismo. Pelo princípio budista de Inseparabilidade da Pessoa e seu Ambiente (esho funi), nossa força vital, determinação e ações influenciam as circunstâncias de forma favorável a nos proteger dos infortúnios. Portanto, no budismo, os Deuses Budistas são uma força inerente em nossa vida.

(4) Segurança e tranqüilidade na vida presente: O Sutra de Lótus expõe que as pessoas que praticam a Lei Mística são beneficiadas com segurança e tranqüilidade na presente existência.

(5) Exílio na Ilha de Sado: Após a tentativa de execução mal-sucedida na perseguição de Tatsunokuti, o governo decidiu exilar Daishonin na Ilha de Sado, onde permaneceu de 1o de novembro de 1271 a fevereiro de 1274.

(6) Shijo Kingo: Tornou-se discípulo de Daishonin por volta de 1256 em Kamakura e foi um samurai da aristocracia que possuía habilidades médicas. Levou avante uma forte e sincera fé por toda sua vida e é conhecido como um exemplo de praticante budista. Recebeu várias escrituras de Daishonin.

(7) Perseguição de Tatsunokuti: Perseguição sofrida por Nitiren Daishonin em 12 de setembro de 1271 em que soldados liderados por Hei no Saemon, chefe da força militar, tentaram decapitá-lo no campo de execução de Tatsunokuti, em Kamakura.

(8) Últimos Dias da Lei (Mappo): A propagação de qualquer religião pode ser dividida em três períodos ou eras de acordo com o seu grau de influência na sociedade. O primeiro período é a fase em que uma religião pode oferecer uma solução viável para os problemas das pessoas. No segundo, a religião estabelece-se na cultura porém torna-se formal e deixa de corresponder às necessidades do povo. Na terceira fase, a religião cai no desinteresse total do povo e perde completamente a sua eficácia. No budismo, essas três eras são denominadas, respectivamente, de Primeiros Dias da Lei, Médios Dias da Lei e Últimos Dias da Lei. Em termos de extensão de tempo, são respectivamente o primeiro milênio, o segundo milênio e o terceiro milênio e eras posteriores ao falecimento do Buda Sakyamuni. Neste último, o Budismo de Sakyamuni perde completamente a capacidade de salvar as pessoas e Daishonin revela o supremo budismo para a salvação de toda a humanidade.


(9) Objeto de Devoção em termos de Pessoa: Pelo princípio de unicidade de Pessoa e Lei (ninpo ikka), tanto o Buda (pessoa) como o ensino (Lei) são em sua essência uma única entidade. Nitiren Daishonin revelou o objeto de devoção em termos de Pessoa e em termos de Lei (Nam-myoho-rengue-kyo), incorporando-o na forma de Gohonzon

10) Amenização do Efeito Cármico (tenju kyoju): Este princípio elucida que por meio da prática budista podemos receber os efeitos do mau carma do passado de uma forma amenizada.

11) Prática Individual e Prática Altruísta: A “prática individual” é o empenho na prática da fé (recitação do Gongyo e Daimoku) para beneficiar a si mesmo. A “prática altruísta” refere-se ao ato de ensinar o budismo para beneficiar outras pessoas

ALGUNS GOSHOS

  • Carta a Gijo-Bo
  • O Exílio de Izu
  • O general tigre de pedra
  • O verdadeiro objeto de adoração
  • A felicidade neste mundo
  • A herança da lei suprema da vida
  • A dificuldade em manter a fé
  • A estratégia do Sutra de Lótus
  • A perseguição de Tatusnokuchi
  • Desejos mundanos são iluminação
  • A verdadeira entidade da vida
  • Um navio para cruzar o mar de sofrimentos
  • Abertura dos olhos da imagens pintadas e de madeira
  • A essencia do capítulo"Os feitos do bodhisattva Rei dos Remedios"
  • Diálogo entre um Sábio e um Homem Ignorante
  • O Daimokudo Sutra de Lótus

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

" CARTA DE ANO NOVO"

(Mushimoti Gosho - Páginas 1491 a 1492)Escritura número 1 de Nitiren Daishonin na página 413 .


Recebi cem bolinhos de arroz (Mushimoti)e umcesto de doces.O dia do Ano Novo é o primeiro dos dias,o primeiro dia dos meses, o inicio da primavera e o iniciodo ano.Quem celebra esse dia tornar-se-á mais virtuosoe será amado por todos.Será como a lua que gradual-mente se torna cheia à medida que se dirige do oestepara o leste ou como o sol que se torna cada vez maisbrilhante à medida que viaja do leste ao oeste.Considerando a questão de onde estão o inferno e oBuda, um sutra diz que o inferno está debaixo da terraenquanto que outro diz que o Buda está no oeste.En-tretanto,um pensamento cuidadoso esclarecerá que am-bos existem em nossos próprios corpos.Tal como o vejo,a razão para isto é que o inferno está no coração dapessoa que insulta seu pai e está tambem naquela queridiculariza sua mãe.É como a semente de lótus queforma tanto a flor como uma nova vagem de semente.O Buda existe dentro do nosso coração.Tome,porexemplo,o fato de que o fogo pode ser produzido por pe-dras ou que as jóias possuem valor em si mesmas.Nós,seres humanos, não podemos ver nossas sobrancelhasque estão próximas nem o céu distante.Do mesmo mo-do,não comprendemos que o Buda existe em nossa pró-pria mente.Naturalmente pode desejar saber como oBuda pode nos alcançar quando,ao mesmo tempo, o nos-so corpo humano,que herda o sangue dos pais,é a origemdas três impurezas e o local dos desejos carnais.Ponde-rando-o reiteradamente;compreendemos ser razoável.A pura flor de lóyus floresce do fundo lamcento de umlago;a fragância do sândalo cresce da terra; as gracio-sas flores de cerejeiravêm da árvore;a bela Yang GuiFei nasceu de uma serpente; e a lua nasce detrás dasmontanhas para espalhar a luz sobre elas.A desgraçavem da boca de uma pessoa e arruína-a enquanto a boasorte vem da mente e traz-lhe honra.A sinceridade que vem da mente de uma pessoapara oferecer presentes ao sutra de Lótus no inicio doAno Novo é como as flores que desabrocham de uma ár-vore,uma flor de lótus que se abre num lago,as floresde um sândalo que desprendem sua fragância no MonteSessen,ou como a lua começando a subir. Creio que oJapão, fazendo-se inimigo do Sutra de Lótus, convidouo infortúnio distante de mil milhas, ao passo queaqueles que crêem no Sutra de Lótus reúnem a boa sortede dez mil milhas de distância.A sombra é formada pelocorpo e tal como sombra segue o corpo, os infortunioscairão no ´país cujas pessoas são inimigas do Sutra deLótus. Os crentes no Sutra de Lótus por outro lado,sãocomo o sândalo dotado de fragância.Cinco de janeiro
NITIREN
Fundo de CenaO presente Gosho é uma carta que Nitiren Daisho-nin endereçou à esposa de Lorde Omossu.Esta carta foidatada de 5 de janeiro, mas o ano foi omitido. Da pri-meira sentença,sabemos que a recebedora da carta,quefoi chamada Myoitisonni,enviou presentes de Ano Novoa seu Mestre que vivia em Minobu.O Lorde Omossu foi assim chamado, comumente,porque vivia na área chamada Omossu,situada próximaao atual Taissekiji.Seu nome completo era IshikawaShimbe Sanetada.Sua esposa era a irmã mais velha deNanjo Tokimitsu, um dos principais discípulos de Dai-shonin. Despertada à Lei Mística através da orientaçãode Nikko Shonin, continuou como devota crente portoda a sua vida.Nesta carta, Nitiren Daishonin elogia-a por sua ge-nuína fé como foi expressada pelos seus oferecimentos,afirmando que isto sem falha trará a ela muito boa sor-te e que ela será amada pelos outros por causa de suavirtude.Então,Daishonin claramente explana que tantoo Buda como o inferno são condições inerentes em ca-da pessoa.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Os dez estados da vida

Os Dez Estados (Jikkai) indicam os dez estados que uma única entidade de vida manifesta com o passar do tempo. O fator principal na condição essencial dos Dez Estados é a sensação subjetiva experimentada pelo “eu” nas profundezas da vida.
1. Estado de Inferno (Jigoku): Na escritura “O Objeto de Devoção para a Observar a Mente Estabelecido no Quinto Período de Quinhentos Anos Após o Falecimento do Buda”, Nitiren Daishonin diz: “A raiva é o estado de Inferno. Essa é uma condição em que a pessoa, dominada pelo impulso da raiva, é levada a destruir e criar a ruína para si e para os outros. Resumindo, esse estado é representado pelo sofrimento e desespero extremos.
2. Estado de Fome (Gaki): Consta na mesma escritura: “A ganância é o estado de Fome.” Essa condição é dominada por desejos egoístas e ilimitados de riqueza, fama e prazer, os quais nunca são realmente satisfeitos.
3. Estado de Animalidade (Tikusho): Essa escritura diz ainda: “A insensatez é o estado de Animalidade.” Nesse estado, segue-se a força dos desejos e dos instintos, sem ter sabedoria para controlar a si próprio.
4. Estado de Ira (Shura): “A maldade é o estado de Ira.” Estando consciente de seu próprio “eu” mas sendo egoísta, a pessoa não consegue compreender as coisas como são exatamente e menospreza e viola a dignidade dos outros.
5. Estado de Tranqüilidade (Nin): Na escritura “O Objeto de Devoção para a Observar a Mente Estabelecido no Quinto Período de Quinhentos Anos Após o Falecimento do Buda” consta: “A serenidade é o estado de Tranqüilidade.” Esse é o estado em que se consegue controlar temporariamente os próprios desejos e impulsos fazendo uso da razão, levando uma vida pacífica em harmonia com o meio ambiente e com as outras pessoas.
6. Estado de Alegria (Ten): “A felicidade é o mundo da Alegria.” É uma condição de contentamento e alegria sentidos quando a pessoa se liberta do sofrimento ou satisfaz algum desejo.
7. Estado de Erudição (Shomon): Os seis estados, do Inferno à Alegria, são manifestados por meio de impulsos ou desejos, mas são totalmente controlados pelas restrições impostas pelo ambiente e são também extremamente vulneráveis às circunstâncias instáveis. Por outro lado, o estado de Erudição é uma condição experimentada quando se empenha para conquistar um estado de contentamento e de estabilidade duradouro por meio da auto-reforma e do desenvolvimento. De forma concreta, Shomon é o estado no qual a pessoa dedica-se a criar uma vida melhor pelo aprendizado das idéias, conhecimento e experiências dos predecessores e contemporâneos.
8. Estado de Absorção (Engaku): Esta condição é semelhante ao estado de Erudição, uma vez que ambos indicam o empenho para a auto-reforma. No entanto, o que distingue o estado de Aborção do estado de Erudição é que em vez de tentar aprender das realizações dos predecessores, tenta-se aprender o caminho para a auto-reforma por meio da observação direta dos fenômenos.
9. Estado de Bodhisattva (Bosatsu): Estado de compaixão em que um indivíduo devota-se à felicidade dos outros mesmo que tenha de fazer sacrifícios. As pessoas dos estados de Erudição e Absorção tendem a carecer de compaixão, chegando a extremos na busca de sua própria perfeição. Em contraste, um bodhisattva descobre que o caminho para a auto-perfeição encontra-se unicamente no ato de compaixão — de salvar as outras pessoas do sofrimento.
10. Estado de Buda (Butsu): Essa condição é alcançada quando se obtém a sabedoria para compreender a realidade máxima da própria vida, a infinita compaixão para direcionar constantemente as atividades para objetivos benevolentes, o eu eterno perfeito e a total pureza da vida que nada pode corromper. O estado de Buda é o estado ideal que pode ser atingido por meio da prática budista. Já que nenhum estado de vida é estático, não se pode considerar o estado de Buda como um objetivo final; ao contrário, essa é uma condição experimentada nas profundezas do próprio ser ao se empenhar continuamente com benevolência na vida diária. Em outras palavras, o estado de Buda aparece na vida diária como as ações de um bodhisattva — boas ações ou atos benevolentes

A LEI DA CASUALIDADE


O budismo ensina que a felicidade humana baseia-se na Lei de Causa e Efeito. Diferentemente do conceito de causalidade nas ciências naturais e sociais, o princípio budista de causa e efeito considera em primeiro lugar a vida da pessoa.

Suponhamos que um aluno estude bastante para um exame e passe com notas altas. O estudo aplicado é a causa e ser aprovado, o efeito. Mas há sempre algum meio que liga a causa ao efeito, e neste caso o meio é o ato de prestar o exame. Tal meio funciona de duas formas: produz um efeito e contribui para formar uma nova causa. No entanto, a mesma quantidade de esforço não necessariamente leva aos mesmos resultados. Alguns estudantes têm naturalmente boa memória, ao passo que outros tendem a esquecer as coisas rapidamente. A questão mais importante é o que produz essas diferenças entre os indivíduos. O budismo atribui a causa ao modo de vida nas existências anteriores. A individualidade e as habilidades naturais são os efeitos das causas realizadas em existências anteriores.

Neste sentido, o budismo é muito diferente da doutrina de algumas religiões ocidentais que sustentam que um ser transcendental predetermina o curso de vida das pessoas neste mundo. O budismo afirma que cada indivíduo é responsável por seu próprio destino e tem ao mesmo tempo a prerrogativa para mudá-lo para melhor e desenvolver seu caráter no futuro. Isso significa que a pessoa com memória fraca não tem de se resignar ao seu destino. Se sabe de seu ponto fraco, pode iniciar os preparativos para um teste bem antes dos outros para que possa memorizar completa e eficazmente as matérias. Assim, poderá superar sua desvantagem. Em vez de depender de sua memória fraca, pode compensá-la aumentando sua compreensão. Estando ciente de seus próprios potenciais, fraquezas e inclinações, é possível desenvolver os pontos fortes e melhorar os fracos. Esta é a maneira correta de superar as limitações do destino. Mesmo assim, deve-se ter força suficiente para desfrutar a liberdade fazendo com que a Lei de Causa e Efeito atue em benefício próprio.

Nitiren Daishonin elucidou a forma de aumentar a própria energia vital e sabedoria para poder atingir a liberdade que está muito além do que se pode atingir apenas com um esforço consciente. Uma vez que o destino é o produto, ou o efeito, dos esforços passados determinados pela lei da causalidade, não se pode evitar seus efeitos. Contudo, a pessoa não deve se resignar. Se permanecer firme no leito do rio da vida, a Lei Mística, que é a entidade da vida, e não apenas as torrentes do carma, ou destino, podem conduzi-lo. Estabelecendo uma base inabalável, pode-se obter a liberdade de agir de acordo com a própria vontade.

sábado, 17 de janeiro de 2009

frases do budismo de nitiren daishonin

FRASES FAMOSAS e PENSAMENTOS CÉLEBRES
"A própria vida é o mais alto e recioso de todos os tesouros do Universo. Mesmo os tesouros do Universo inteiro não podem igualar o valor de uma única vida humana. A vida é como uma chama, e o alimento é como o óleo que lhe permite que se queime."


"Aqueles que crêem no Sutra de Lótus, são o como o inverno: o inverno nunca falha em se tornar primavera. Desde os antigos, nunca o inverno deixou de se tornar outono. Nem tenho sequer ouvido de algum crente no Sutra de Lótus que se tornou um mortal comum. Uma passagem do Sutra diz: Se ouvirem desta Lei, não há ninguém que não atinja o Estado de Buda."


"Assim como uma pequena planta deve enfrentar muitos obstáculos antes de se transformar numa árvore, nós precisamos experimentar muitas dificuldades no caminho da felicidade absoluta."


"Atualmente existem pessoas que têm fé no Sutra de Lótus. Entretanto alguns crêem como chamas ardentes, enquanto outros como a água corrente. Quando os primeiros ouvem sobre o Budismo, entusiasmam-se como o fogo, mas quando permanecem afastados, são dominados pela mente disposta a abandonar a fé. Como água corrente, significa crer continuamente sem nunca retroceder."


"Bons amigos são aqueles que nos instruem na fé, empenham-se conosco para aprofundar nossa prática e estudo, e trabalham em harmonia conosco para o avanço da Paz Mundial."


"Cada um de vocês deve reunir a coragem do leão e jamais sucumbir às ameaças de ninguém. O leão não teme nenhum outro animal, nem tampouco seus filhotes temem."


"Considere seu serviço como exercício do Sutra de Lótus. Sobre o mesmo, Tientai, o Grande, disse: Nenhuma atividade da sociedade, política, econômica, cultural, industrial, etc, é diferente dos princípios do Budismo."


"De acordo com o Sutra, se a mente das pessoas é impura, sua terra também será impura. Pelo contrário, se suas mentes são puras, assim será sua terra. Em uma palavra não há duas terras, uma pura e outra impura, ao mesmo tempo. A diferença está na mente, boa ou má, das pessoas.


"Diante da honestidade dos companheiros não há outra forma senão responder com nossa honestidade e, a sinceridade com sinceridade." (Nitiren Daishonin). "Ensinar as pessoas significa lubrificar as rodas para que as mesmas possam girar; ou fazer flutuar um navio para que o mesmo possa ser movimentado facilmente."


"Eu e meus discípulos, mesmo que ocorram vários obstáculos, desde que não se crie a dúvida no coração atingiremos naturalmente o Estado de Buda (iluminação), não duvidem dos benefícios do Sutra de Lótus, mesmo que não haja proteção dos céus, não lamentem a ausência de segurança e tranqüilidade na vida presente. Embora tenha ensinado dia e noite a meus discípulos, todos criaram dúvidas abandonaram a fé. O que é costumeiro no tolo é esquecer nas horas cruciais o que prometera nas horas normais."


"Existe, definitivamente, algo extraordinário no avançar e no recuo da maré, no levantar e no descer da Lua, e nas mudanças das estações. Algo incomum acontece também quando uma pessoa comum atinge o Estado de Buda. Indubitavelmente, com o aparecimento dos três obstáculos e quatro maldades, o sábio se alegrará, e o tolo se acovardará."


"Fortaleça sua fé dia após dia, mês após mês. Se enfraquecer mesmo um pouco, os demônios aproveitar-se-ão."


"Há sombras nas trevas, mas as pessoas não as conseguem discernir. Há trilhas no céus por onde os pássaros voam, mas as pessoas não as reconhecem. Há caminhos no mar por onde os peixes nadam, mas as pessoas não os percebem."


"Maus amigos são aqueles que falando candidamente, insinuando, bajulando e fazendo habilidoso uso das palavras, conquistam o coração dos ignorantes e destroem a bondade da mente das pessoas."


"Mesmo que estude o Budismo se não perceber a natureza de sua própria vida, não pode-se afastar do sofrimento da vida e morte. Se procura o caminho fora de si mesmo e tenta praticar as mais variadas formas de exercícios e de bondade, isto é igual a um pobre que calcula dia e noite a fortuna do seu vizinho e não obtém um tostão sequer para si."


"Mesmo que fosse possível errar ao apontar a terra, que alguém fosse capaz de unir os céus, que a maré não tivesse fluxo nem refluxo, que o Sol se levantasse no oeste, jamais aconteceria das orações do Devoto do Sutra de Lótus ficarem sem ser concretizadas."

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

♥♥♥TRADUÇAO DO GONGYO♥♥♥

Myoho renge kyo — Sutra de Lótus
Ho ben pon dai ni — Capítulo Hoben (Meios)
Ni Ji Se Son — Nesse momento
Ju San Mai — o Buda levantou-se
An Jo Ni Ki — serenamente de sua meditação
Go Shari Hotsu — e dirigiu-se a Sharihotsu, dizendo:
Sho Bu' Chi E — A sabedoria dos budas.
Jin Jin Mu Ryo — é infinitamente profunda e imensurável.
Go Chi E Mon — O portal dessa sabedoria é difícil de compreender
Nange Nan Nyu — e de transpor.
Is Sai Sho Mon — Nenhum dos homens de erudição
Hyaku Shi Butsu — ou de absorção
Sho Fu No Chi — é capaz de compreendê-la.
Sho I Sha Ga — Qual é a razão disso?
Butsu Zo Shin Gon —Um buda é aquele que serviu a centenas
Hyaku Sen Man Noku — a milhares, a dezenas de milhares,
Mu Shu Sho Butsu — a incontáveis budas
Jin Gyo Sho Butsu — e executou um número incalculável de práticas religiosas.
Mu Ryo Do Ho — Ele empenha-se corajosa e ininterruptamente
Yu Myo Sho Jin — e seu nome é universalmente conhecido.
Myo Sho Fu Mon — Um Buda é aquele que compreendeu a Lei insondável
Jo Ju Jin Jin — e nunca antes revelada
Mi Zo U Ho — pregando-a de acordo
Zui Gi Sho Setsu — com a capacidade das pessoas,
I Shu Nan Ge — ainda que seja difícil compreender a sua intenção.
Shari Hotsu — Sharihotsu
Go Ju Jo Butsu I Rai — desde que atingi a iluminação
Shu Ju In Nen — tenho exposto meus ensinos
Shu Ju Hi Yu — utilizando várias histórias sobre relações causais,
Ko En Gon Kuyo — parábolas e inúmeros meios
Mu Shu Ho Ben — para conduzir as pessoas
In Do Shu Jo — e fazer com que renunciem
Ryo Ri Sho Jaku — aos seus apegos a desejos mundanos.
Sho I Sha Ga — Qual a razão disso?
Nyo Rai Ho Ben —A razão está no fato de o Buda
Chi Ken Hara Mitsu — ser plenamente dotado dos meios
Kai I Gu Soku — e do paramita da sabedoria.
Shari Hotsu — Sharihotsu
Nyo Rai Chi Ken — a sabedoria do Buda
Ko Dai Jin Non — é ampla e profunda.
Mu Ryo Mu Ge — Ele é dotado de imensurável benevolência
Riki Mu Sho I — ilimitada eloqüência,
Zen Jo Ge Da — poder,
San Mai — coragem,
Jin Nyu Mu Sai — concentração,
Jo Ju Is Sai — liberdade e samadhis (meditação), aprofundou-se
Mi Zo U Ho — no reino do insondável e despertou para a Lei nunca antes revelada.
Shari Hotsu — Sharihotsu
Nyo Rai Nyo — o Buda é aquele
Shu Ju Fun Betsu — e que sabe como discernir
Gyo Ses Sho Ho — e como expor os ensinos habilmente.
Gon Ji Nyu Nan — Suas palavras são ternas e gentis
Ek Ka Shu Shin — e podem alegrar o coração das pessoas.
Shari Hotsu — Sharihotsu,
Shu Yo Gon Shi — em síntese, o Buda compreendeu
Mu Ryo Mu Hen — perfeitamente a Lei ilimitada,
Mi Zo U Ho — infinita e nunca antes revelada.
Bus Shitsu Jo Ju — Chega
Shi Shari Hotsu — Não vou mais continuar pregando Sharihotsu
Fu Shu Bu Setsu — Por quê? Porque a Lei
Sho I Sha Ga — que o Buda revelou
Bus Sho Jo Ju — é a mais rara
Dai Ichi Ke U — e a mais difícil
Nan Ge Shi Ho —de compreender.
Yui Butsu Yo Butsu — A essência real de todos os fenômenos
Nai No Ku Jin — somente pode ser compreendida e partilhada entre os budas
Sho Ho Jis So — Essa realidade
Sho I Sho Ho — consiste de:
Nyo Ze So — aparência,
Nyo Ze Sho — natureza,
Nyo Ze Tai — entidade,
Nyo Ze Riki — poder,
Nyo Ze Sa — influência,
Nyo Ze In — causa interna,
Nyo Ze En — relação
Nyo Ze Ka — efeito latente,
Nyo Ze Ho — efeito manifesto
Nyo Ze Hon Ma' Ku Kyo To — e consistência do início ao fim.


Myo ho renge kyo — Sutra de Lótus 

nyo rai ju ryo hon, dai ju roku — Jigague, trecho do capítulo Juryo - revelação da vida eterna do buda

Ji ga toku bu'rai — Desde que atingi o estado de Buda,
Sho kyo sho ko shu — infindáveis asamkhya

Mu ryo hyaku sen man — intermináveis Kalpas
Oku sai a so gi — transcorreram.
Jo sep po kyo ke — Constantemente
Mu shu oku shu jo — venho pregando, ensinando e propagando

Ryo nyu o butsu do — a Lei a milhares de seres vivos.

Ni rai mu ryo ko — Fazendo com que entrem no Caminho do Buda,
I do shu jo ko — Como um meio hábil

Ho ben gen ne han — aparento entrar no nirvana para salvar todas as pessoas.

Ni jitsu fu metsu do — Mas, na realidade, não entro em extinção.

Jo ju shi sep po — Sempre estou aqui ensinando a Lei.

Ga jo ju o shi — Sempre estou aqui.

I sho jin zu riki — Porém, devido ao meu poder místico
Ryo ten do shu jo — as pessoas de mentes distorcidas não conseguem me ver

Sui gon ni fu ken — mesmo quando estou bem perto delas.
Shu ken ga metsu do — Quando essa multidão de seres vê que entrei no nirvana,
Ko ku yo shari — consagra muitas oferendas às minhas relíquias.
Gen kai e ren bo — Todos abrigam o desejo único e ardente de contemplar-me.
Ni sho katsu go shin — Quando esses seres realmente se tornam fiéis,
Shu jo ki shin buku — honestos, justos e de propósitos pacíficos,

Shichi jiki I nyu nan — quando ver o Buda é o seu único pensamento,
Is shin yok ken butsu — não hesitando mesmo que isso custe a própria vida,
Fu ji shaku shin myo — então, eu apareço junto à assembléia de discípulos sobre o Sagrado Pico da Águia.

Ji ga gyu shu so — Nesse momento,
Ku shutsu ryo ju sen — digo à multidão de seres:

Ga ji go shu jo — sempre estou aqui,

Jo zai shi fu metsu —jamais entro em extinção..

I ho ben rik ko — No entanto, como um meio hábil,

Gen u metsu fu metsu — algumas vezes aparento entrar no nirvana.

Yo koku u shu jo — E outras vezes, não.

Ku gyo shin gyo sha — Quando em outras terras há seres

Ga bu o hi chu — que desejam respeitosa e sinceramente crer

I setsu mu jo ho — então eu também, junto a eles, pregarei esta Lei insuperável.

Nyo to fu mon shi — Porém, não compreendendo minhas palavras,
Tan ni ga metsu do — todos aqui insistem em pensar que eu morri.

Ga ken sho shu jo — Quando vejo os seres afogados

Mo tsu zai o ku kai — em um mar de sofrimentos

Ko fu I gen shin — eu não me exponho,
Ryo go sho katsu go — para dessa forma fazer com que anseiem contemplar-me.
In go shin ren bo — Então, quando seu coração se enche de ansiedade,

Nai shitsu I sep po — finalmente apareço e ensino a Lei para eles.

Jin zu riki nyo ze — Assim são meus poderes místicos.
O a so gi ko — Por asamkhya de kalpas,

jo zai ryo ju sen — sempre estive no Pico da Águia e em muitos outros lugares.
Gyu yo sho ju sho — Enquanto os seres presenciam
Shu jo ken ko jin — o final de um kalpa

Dai ka sho sho ji — e tudo é consumido em chamas
Ga shi do an non — esta minha terra
Ten nin jo ju man — permanece segura e tranqüila

On rin sho do kaku — sempre cheia de seres humanos e seres celestiais.

Shu ju ho sho gon — Vários tipos de gemas adornam
Ho ju ta ke ka — seus corredores e pavilhões, jardins e bosques
Shu ju sho yu raku — Árvores preciosas dão flores e frutos em profusão,

Sho ten gyaku ten ku — sob as quais os seres vivem felizes e tranqüilos.

Jo sas shu gi gaku — As divindades fazem repicam os tambores celestiais interpretando,
U man da ra ke — sem cessar, a música mais diversa. Uma chuva de flores de mandara cai

San butsu gyu dai shu — espalhando suas pétalas sobre o Buda e a grande assembléia.
Ga jo do fu ki — Minha terra pura é indestrutível,
Ni shu ken sho jin — porém, a multidão a vê

U fu sho ku no — consumir-se em chamas,
Nyo ze shitsu ju man — mergulhada em sofrimentos, angústia e temor.

Ze sho zai shu jo — Esses seres devido a suas várias ofensas e causas

I aku go In nen — provenientes de suas más ações,

Ka a so gi ko — passam asamkhya de kalpas

Fu mon san bo myo — sem escutar o nome dos três tesouros.

Sho u shu ku doku — Mas os que praticam os caminhos meritórios,

Nyu was shichi jiki sha — que são nobres e pacíficos, corretos e sinceros,
Sok kai ken ga shin — todos me vêem aqui em pessoa,

Zai shi ni sep po —ensinando a Lei.
Waku ji I shi shu — Às vezes para essa multidão exponho

Setsu butsu ju mu ryo — que a duração da vida do Buda é imensurável;

Ku nai ken bus sha — e para aqueles que o vêem somente após um longo tempo
I setsu butsu nan chi — exponho o quanto é difícil encontrar-se com ele.

Ga chi riki nyo ze — O poder de minha sabedoria é tamanho

Eko sho mu ryo — que seus raios iluminam o infinito.

Ju myo mu shu ko — Minha vida, extensa como incontáveis kalpas,

Ku shu go sho toku — é resultante de uma prática muito longa.

Nyo to u chi sha — Homens de sabedoria,

Mot to shi sho gi — não abriguem nenhuma dúvida sobre isso!

To dan ryo yo jin — Livrem-se das dúvidas definitivamente,

Butsu go jip pu ko — pois as palavras do Buda são sempre verdadeiras.

Nyo I zen ho ben — O Buda é como um excelente médico
I ji o shi ko — que se vale de meios hábeis

Jitsu zai ni gon shi — para curar seus filhos iludidos.

Mu no sek ko mo — Embora na realidade esteja vivo, anuncia que entrou no nirvana.

Ga yaku I se bu — Porém, ninguém pode acusá-lo de mentiroso.

Ku sho ku gen sha — Eu sou o pai deste mundo e salvo aqueles que sofrem e os que encontram aflitos.
I bon bu ten do — Devido à ilusão das pessoas,
Jitsu zai ni gon metsu — apesar de eu estar vivo, anuncio que entrei no nirvana.
I jo ken ga ko — Pois se me vissem constantemente,

Ni sho kyo shi shin — a arrogância e o egoísmo tomariam conta de seu coração.

Ho itsu jaku go yaku — Ignorando as restrições, entregariam–se aos cinco desejos,

Da o aku do chu — e cairiam nos maus caminhos da existência.

Ga jo chi shu jo — Estou sempre ciente de que são as pessoas
Gyo do fu gyo do — que praticam o Caminho e as que não o praticam,

Zui o sho ka do — em resposta às suas necessidades de salvação

I ses shu ju ho — ensino-lhes várias doutrinas.
Mai ji sa ze nen — Medito constantemente:

I gar ryo shu jo — Como posso conduzir as pessoas

Toku nyu mu jo do — ao caminho supremo
Soku jo ju bus shin — e fazer com que adquiram rapidamente o corpo de um buda?

como praticar o budismo?

Inicialmente para nós ocidentais, a prática do budismo de Nitiren Dashonin pode parecer um tanto quanto estranha (principalmente porque o mantra está escrito em chinês clássico com um pouco de sânscrito). Mas acredite, é justamente aí que reside a chave para o grande sucesso que alavanca a boa sorte das profundezas da nossa vida.

A prática budista consiste basicamente na recitação contínua dos caracteres NAM - MYOHO - RENGUE - KYO (lê-se: Nam - Miôrro - Rengue - Kiô).

Como praticar o budismo?
Você deve sentar com a postura bem ereta de frente para uma parede lisa (entenda lisa como sem quadros, moveis, ou coisas que distraiam sua atenção). Uma vez sentado assim, você deve de olhos abertos focalizar sua visão num ponto na parede (se for preciso faça esse ponto com um lápis). Junte as palmas das mãos abertas e coloque-as na altura do coração.

O lugar deve estar silencioso, e você deve se concentrar naquele ponto. Se possível, mantenha sua mente em pensamentos positivos, desejos sinceros e muita gratidão no coração. Por outro lado, não se incomode se sua mente divagar em pensamentos que não lhe pareçam alheios ao que você considera bom ou justo para a sua vida. Lembre-se que nós possuimos, todos nós, os 10 estados de vida. E estes se manifestam conforme diversas condições internas e externas, conforme fortes ou fracos estivermos.

Recite sua voz, sem ser muito alto e sem ser murmúrio, num som agradável e que não incomode as pessoas: NAM MYOHO RENGUE KYO - NAM MYOHO RENGUE KYO - NAM MYOHO RENGUE KYO ... Recite continuamente o tempo que for necessário ou que você desejar. Inicialmente as pessoas costumam recitar de 5 a 15 minutos. Entretanto algumas pessoas de altíssima determinação (ITINEN) começam já fazendo meia hora senão 1 hora completa.

Mas não se preocupe em fazer pouco ou muito tempo. O mais importante é você fazer com seriedade e muita sinceridade. Lembrando que como mortais comuns existe um estado de buda a ser manifestado - e ao manifestá-lo conseguimos adquirir portanto, o corpo de um buda.

Faça a prática budista de manhã e a noite. Todos os dias.



O que esperar com a prática budista? A prática do Nam Myoho Rengue Kyo (daimoku) é muito simples mas com um amplo sentido e significado. Uma vez que você deseja com seu espírito de procura entender mais do budismo, irá compreender ainda mais para que serve a prática. Em termos gerais, a prática permite que elevemos nosso estado de vida proporcionando a capacidade de enxergar o mundo com mais sabedoria, mais coragem e mais benevolência. Essas três características despertam todas as funções vitais necessárias para lidarmos bem com as pessoas que nos rodeiam, com o ambiente que nos cerca e consequentemente atraindo toda a boa sorte possível.

De um ponto de vista um pouco mais aprofundado, a prática conduz ao conceito de amenização do karma (karma significa apenas ação - todas as ações, sejam elas positivas ou negativas).

Existe muito a se aprender sobre essa profunda Lei. O mais importante é você com sua fé ser capaz de enxergar os benefícios da prática na sua própria vida, só assim você conseguirá entender de coração porque milhões de pessoas em mais de 190 países recitam daimoku.

Recitar daimoku é muito importante. Mas é importante salientar que para manter a prática é preciso estudar, procurar grupos e reuniões budistas e estar com o coração aberto para o mundo, para as pessoas e para o seu desejo sincero de transformar toda maldade que encontra-se no único lugar onde ela reside- dentro de nós mesmos.

Boa sorte bodhisattva!

Nam Myoho Rengue Kyo

Nam Myoho Rengue Kyo

Nam Myoho Rengue Kyo

Mensagem da semana

"Numa vida somente de horas tranqüilas não é possivel experimentar a verdadeira felicidade.
Mesmo que surjam montanhas e vales de dificulades,
avance e supere-os consciente do profundo valor como ser humano.
Nesse ato existe alegria, satisfação e nenhum arrependimento."
(Daisaku Ikeda)

CRIAÇAO DE VALORES,-FUNDAMENTO DA SOKA GAKKAI




Um dos objetivos primordiais da organização é a criação de valores humanos. O que significa criar valor? Podemos dizer que significa aprimorar o ser humano para capacitá-lo a construir uma sociedade ideal, ou seja, uma sociedade que valoriza igualmente todos os seus integrantes e utiliza seu potencial para a construção de um mundo pacífico, o Kossen-rufu.


Do ponto de vista do budismo, todos os seres humanos são dotados de um grande potencial e valor, que podem ser manifestados quando, com sua forma que lhes é própria, dedicam-se em prol de si mesmo e de outras pessoas. Então, criar valor seria evidenciar algo que sempre existiu, "revelando" e "despertando" o que até então estava "adormecido" na vida de uma pessoa. Para fazer despertar esse potencial, é necessário acreditar que cada um possui uma missão única e intransferível. A prática budista é o que possibilita perceber isso clara e profundamente e contribuir para que cada um atinja esse potencial inerente.
O presidente Ikeda costuma dizer que para descobrirmos e criarmos valores humanos é preciso que tenhamos a capacidade de enxergar ou reconhecer as boas qualidades das pessoas e que, para isso, o único caminho é elevar nosso próprio nível de vida.
E o que é ser uma pessoa de valor?

É ser uma referência em termos de atitudes nobres e comportamento digno. É ser uma pessoa que possui coragem para enfrentar quaisquer dificuldades. Aquele que consegue avançar destemidamente em meio ao sofrimento é alguém que vive uma vida de valor.
Nossa organização existe justamente para forjar a vida de cada pessoa a fim de possibilitá-la evidenciar seu potencial ilimitado. Portanto, avançar com a determinação de assumir ativamente qualquer desafio e de experimentar a alegria de alcançar uma estimulante vitória após a outra é o que torna a vida de uma pessoa valorosa e também a de todos aqueles que a rodeiam. Muitas vezes nossas dificuldades parecem muito maiores que as dos outros. O que torna uma pessoa vitoriosa é o quanto ela desafia a si própria. Por isso, o mais importante é avançar, nem que seja um milímetro. Quando manifestamos a coragem de avançar a todo custo, surge o verdadeiro valor. Dizem que só damos o devido valor àquilo que foi realizado com muito esforço. É na busca incessante de tornar o impossível em possível, na batalha de transformar a realidade obscura em felicidade, que se cria o valor.

Podemos transformar qualquer situação quando mudamos nossos pontos negativos, elevamos nosso estado de vida e nos empenhamos pela felicidade de outras pessoas.
O Presidente Ikeda ensina que as pessoas que abraçam a Lei Mística podem transformar todos os tipos de adversidades em algo positivo independentemente da situação ou dos problemas que estejamos passando. Ao longo da vida, todos estão sujeitos a sofrer reveses. Mesmo possuindo o máximo conhecimento, Ninguém é capaz de prever o futuro. Podemos nos decepcionar com os pais, sofrer traições de amigos ou sofrer decepções com a sociedade, podemos ser injustiçados ou desrespeitados. É crucial manifestarmos a sabedoria da prática da fé para fazermos as escolhas da vida, sem nos permitir sermos arrastados pelos acontecimentos ou ficarmos à mercê da tendência cármica. Temos a condição de direcionar o curso de nossa vida, conduzindo-a unicamente com base na Lei Mística e sintonizando nosso coração ao do mestre e ao ideal do Kossen-rufu.

O que é preciso fazer para criar valores humanos?

Certa vez, o presidente Ikeda citou três pontos básicos para a criação de valores humanos: dedicação, encorajamento e assistência. E esclareceu: Se não houver dedicação, todas as palavras ditas serão em vão e jamais tocarão o coração das pessoas. Por outro lado, não há orientação ou forma de educação que supere o encorajamento. É por meio do encorajamento que as boas qualidades são descobertas, fazendo com que a pessoa evidencie todo o seu potencial. A assistência cria e fortalece os laços de confiança e de amizade. Sem a assistência, não se pode esperar que as pessoas cresçam sozinhas e se tornem brilhantes valores humanos.

SEGREDOS DO CORAÇAO




Vamos chamar de segredos do coração todas as coisas pessoais que guardamos em nosso interior. Os tesouros são as boas coisas e o lixo, as más.
Mas, hoje, vamos deixar de lado os tesouros, pois por si sós são benéficos para nós e para as pessoas que estão ao nosso redor, e tratar das coisas ruins, aqueles sentimentos negativos, o lixo que nos deteriora e corrói por dentro.
O primeiro e principal ponto é: nunca devemos deixar entrar lixo em nosso coração.


Para conseguirmos isso, é fundamental recitarmos o Daimoku, principalmente quando somos magoados, ofendidos, injustiçados etc. Não existe “higienizador” de coração mais eficiente do que a sincera e persistente oração ao Gohonzon.


Agora, façamos uma reflexão sobre o que existe em nosso interior.
Nossa condição de vida, o estado básico, é reflexo do que possuímos no coração.
Uma pessoa que possui um coração mesquinho, que somente pensa em ter vantagem sobre as demais pessoas, só pode estar no estado de Fome. Quem nutre o ódio está no estado de Ira e quem tem o coração maldoso e pisa nos outros para obter vantagens pessoais está no estado de Inferno ou de Animalidade.
Dessa forma, essa pessoa somente acumula para si mais e mais causas que vão enchendo seu coração de sentimentos ruins e negativos, os quais se manifestam em seu aspecto e em seu ambiente.
Essa é, na realidade, a “escuridão fundamental da vida”, ou nosso “maior defeito”, no qual nem mesmo nós gostamos de pensar.


Podemos achar que ninguém sabe o que se passa em nosso coração, mas nossa vida “sabe”. E tudo que acumulamos virá à tona de diferentes formas que poderão nos levar, ou até mesmo aos nossos familiares, ao profundo sofrimento.
Lutar contra nosso “maior defeito”, contra “a escuridão fundamental”, e tirar “o lixo de nosso coração” é uma tarefa difícil, mas a cada passo que damos nesse sentido estamos impulsionando nossa revolução humana.
Vamos esquecer a frase “se todo mundo faz, por que eu não posso fazer?” e passarmos a ter a postura de fazer o que está de acordo com os ensinamentos budistas e as orientações do presidente Ikeda, pois na vida ninguém “paga a conta” do outro. Cada um terá de responder por seus atos.


O presidente Ikeda diz: “Falsos amigos são piores que inimigos públicos. Preciso de verdadeiros amigos.” (Terceira Civilização, edição nº 330, fevereiro de 1996, pág. 31.)
Vamos pensar em nossos valores, nas lições que aprendemos da vida e principalmente na lei de causa e efeito.
Apesar de falarmos constantemente da lei de causa e efeito, dizendo de sua incomplacência e rigorosidade, não devemos temê-la, mas utilizá-la a nosso favor. Por meio dela, vamos adornar nosso coração de tesouros preciosos.
Nitiren Daishonin diz: “O tesouro do corpo é mais valioso do que o guardado no cofre; e o tesouro acumulado no coração é muito mais valioso do que o tesouro do corpo.” (END. vol. 1, pág. 297.)
Cultivando o tesouro do coração, teremos forças para ultrapassar todas as dificuldades e asseguraremos a vitória na vida sem termos de nos arrepender no futuro, conforme orienta o Mestre: “O fato de uma pessoa ser derrotada pelas dificuldades da vida é algo muito triste. A atitude de vencer todos os problemas é a marca de um verdadeiro budista.” (Brasil Seikyo, 8 de abril de 2000, edição nº 1.551, pág. 3.)


“Aconteça o que acontecer, é vital reunirmos coragem e continuar a avançar, lembrando-nos sempre: ‘Está certo! Eu tenho a Lei Mística! Não há dificuldade que eu não possa superar!’ Enquanto possuirmos esse ‘espírito de luta’, nossa vida terá um grande desenvolvimento que estará de acordo com o princípio de que os ‘desejos mundanos são iluminação’, ou seja, nossos desejos e sofrimentos são como um combustível para nosso crescimento.


“Uma ‘semente’ pode ser pequena. Mas uma única semente contém todos os elementos necessários para criar uma árvore grandiosa com mais de trinta metros de altura. Esse é o ‘mistério da semente’. Quando plantamos em nosso coração a semente do estado de Buda, o Nam-myoho-rengue-kyo, e a cultivamos, criamos ilimitada boa sorte e sabedoria.” (BS, 4 de março de 2000, edição nº 1.546, pág. 4.)

o objeivo da pratica budista




O Budismo de Nitiren Daishonin fundamenta-se na afirmação de que todas as pessoas têm o potencial de atingir a iluminação. Esta idéia é a epítome do Budismo Mahayana, uma das duas principais divisões do Budismo. Surgiu na Índia após a morte de Sakyamuni, através de um movimento de popularização dos ensinos do Buda. Seus discípulos não se isolaram da sociedade como alguns grupos budistas anteriores. Ao invés disso, lutaram para a propagação em meio ao povo e para auxiliar as outras pessoas no caminho da iluminação. Portanto, Mahayana é caracterizado pelo espírito de benevolência e altruísmo. O Budismo Mahayana foi introduzido na China, onde deu origem a várias seitas. Uma das mais importantes foi fundada por Tientai (538- 597), conhecida como seita Tendai. Esta ensina que o Sutra de Lótus é o mais alto de todos os sutras Mahayana e que todas as coisas, tanto animadas como inanimadas, possuem um potencial dormente para a iluminação. Esta doutrina resultou na teoria conhecida como "Itinen Sanzen". As doutrinas da seita Tendai foram mais tarde desenvolvidas e sistematizadas por Miao-lo (711-782), o nono chefe religioso da seita. O Budismo de Tientai foi introduzido no Japão no Século IX por Dengyo Daishi que havia estudado sua doutrinas na China. Mais tarde, no século XIII, Nitiren Daishonin estudou no Monte Hiei. o centro da seita Tendai no Japão, e veio a entender que o Sutra de Lótus constitui a essência de todo o Budismo. Logo depois, começou a pregar o conteúdo do que havia descoberto. De acordo com seu ensinamento, as funções de todo o universo estão sujeitas a um único princípio ou lei. Através da compreensão desta lei, a pessoa é capaz de libertar o potencial oculto de sua própria vida e atingir a harmonia perfeita com o seu ambiente. Nitiren Daishonin definiu a lei universal como Nam-myoho-rengue-kyo, uma fórmula que representa o fundamento do Sutra de Lótus e é conhecida como Daimoku. Além disso, ele deu concreção à lei, inscrevendo-a num pergaminho - Gohonzon - para que as pessoas pudessem colocar a essência da sabedoria budista em prática e desta forma atingir a iluminação. No tratado intitulado "O Verdadeiro Objeto de Adoração", ele concluiu que crendo e orando Nam-myoho-rengue-kyo ao Gohonzon, que é a cristalização da lei universal, revelar-se-á a natureza de Buda inerente em todos os indivíduos. Todos os fenômenos estão sob a infalível lei de causa e efeito. Conseqüentemente, o estado de vida de um ser - seu destino, em outras palavras é a consequência de todas as causas prévias. Através da oração do Nam-myoho-rengue-kyo, a pessoa está criando a causa suprema, que pode compensar os efeitos negativos do passado. A iluminação não é mística nem transcendental como muitos supõem. Antes, é uma condição de máxima sabedoria, vitalidade e boa sorte, na qual o indivíduo pode moldar o seu próprio destino, encontrando plenitude nas atividades diárias e entendendo a missão de sua vida. Texto retirados do livro "As escrituras de Nitiren Daishonin" págs. 37 e 38 - Editora Brasil Seikyo

frase da semana...

se vc quer mudar o mundo,arrume primeiro a sua gaveta...