quarta-feira, 22 de abril de 2009

ABERTURA DO OLHOS

Abertura dos Olhos Kaimoku Sho
(Brasil Seikyo, edição nº 1749, 29/05/2004, página C6.)

Eu e meus discípulos, mesmo que ocorram vários obstáculos e maldades, desde que não se crie a dúvida no coração, atingiremos naturalmente o estado de Buda(1). Não duvidem dos benefícios do Sutra de Lótus(2), mesmo que não haja a proteção dos céus(3). Não lamentem a ausência de segurança e tranqüilidade na vida presente(4). Embora tenha ensinado dia e noite a meus discípulos, todos, criando a dúvida, abandonaram a fé. O que é costumeiro no tolo é esquecer nas horas cruciais o que prometera nas horas normais.

RESUMO E CENÁRIO HISTÓRICO
A “Abertura dos Olhos” é uma das cinco mais importantes escrituras de Nitiren Daishonin, a qual revela a sua identidade como o Buda dos Últimos Dias da Lei, possuidor das Três Virtudes de soberano, mestre e pais. É datada de fevereiro de 1272, quando Daishonin encontrava-se sob uma severa condição, exilado na Ilha de Sado(5), e endereçada a Shijo Kingo(6), um dos seus discípulos de maior destaque na região de Kamakura que, como samurai, servia ao clã Hojo. Por ocasião da Perseguição de Tatsunokuti(7), ocorrida em 12 de setembro do ano anterior, Shijo Kingo havia acompanhado o seu mestre até o local da execução com a decisão de morrer ao seu lado e testemunhou o grande triunfo de Daishonin. Mesmo após o exílio à longínqua Ilha de Sado, Shijo Kingo o visitou pessoalmente, além de enviar-lhe diversos materiais e oferecimentos por intermédio de seus mensageiros.

Nesta época, muitos dos discípulos de Daishonin também foram perseguidos com a desapropriação de suas terras e banidos de seus feudos pelas autoridades, demitidos do serviço pelos lordes, expulsos de suas famílias ou então penalizados com o pagamento de altas taxas. Diante dessas adversidades, muitos acabaram duvidando da prática do budismo. Por outro lado, Daishonin também foi alvo de difamações por parte das pessoas em geral e até mesmo de seus seguidores com críticas como: “Se ele é o devoto do Sutra de Lótus, por que razão não é protegido pelos deuses budistas?”


Essa escritura é uma resposta a essas críticas e dúvidas, e revela que o fato de Daishonin sofrer grandes perseguições nada mais é do que o cumprimento das profecias do Sutra de Lótus. Por essa razão, intitulou essa escritura “Abertura dos Olhos”, que significa abrir os olhos cegos das pessoas por causa do seu egoísmo e de sua ignorância. No budismo, geralmente os termos “Abertura da Luz”, “Abertura da Inteligência” e “Abertura da Luz da Inteligência” são freqüentemente substituídos por “Abertura dos Olhos”.


Assim, Nitiren Daishonin escreveu esta carta para revelar que ele era o verdadeiro devoto do Sutra de Lótus que mantinha a mais correta prática do budismo, além de declarar que era o Buda dos Últimos Dias da Lei(8), revelando o Objeto de Devoção em termos de pessoa(9).


TERMOS E FRASES

(1) Estado de Buda: Constitui-se numa condição de vida em que a pessoa adquire a sabedoria que lhe permite compreender a verdadeira essência da vida, de manifestar uma profunda benevolência por todas as pessoas e ter percepção das Três Existências da Vida e da Lei do Universo. É uma condição de vida de felicidade absoluta ou iluminação que nada pode corromper.

(2) Sutra de Lótus: Refere-se, em geral, aos vinte e oito capítulos expostos pelo Buda Sakyamuni como seu ensino mais elevado. No contexto desta escritura, é o Sutra de Lótus interpretado do ponto de vista de Nitiren Daishonin, isto é, refere-se à Lei de Nam-myoho-rengue-kyo.

(3) Proteção dos Céus: Refere-se aos Deuses Budistas que tem a função de proteger as pessoas que praticam o Verdadeiro Budismo. Pelo princípio budista de Inseparabilidade da Pessoa e seu Ambiente (esho funi), nossa força vital, determinação e ações influenciam as circunstâncias de forma favorável a nos proteger dos infortúnios. Portanto, no budismo, os Deuses Budistas são uma força inerente em nossa vida.

(4) Segurança e tranqüilidade na vida presente: O Sutra de Lótus expõe que as pessoas que praticam a Lei Mística são beneficiadas com segurança e tranqüilidade na presente existência.

(5) Exílio na Ilha de Sado: Após a tentativa de execução mal-sucedida na perseguição de Tatsunokuti, o governo decidiu exilar Daishonin na Ilha de Sado, onde permaneceu de 1o de novembro de 1271 a fevereiro de 1274.

(6) Shijo Kingo: Tornou-se discípulo de Daishonin por volta de 1256 em Kamakura e foi um samurai da aristocracia que possuía habilidades médicas. Levou avante uma forte e sincera fé por toda sua vida e é conhecido como um exemplo de praticante budista. Recebeu várias escrituras de Daishonin.

(7) Perseguição de Tatsunokuti: Perseguição sofrida por Nitiren Daishonin em 12 de setembro de 1271 em que soldados liderados por Hei no Saemon, chefe da força militar, tentaram decapitá-lo no campo de execução de Tatsunokuti, em Kamakura.

(8) Últimos Dias da Lei (Mappo): A propagação de qualquer religião pode ser dividida em três períodos ou eras de acordo com o seu grau de influência na sociedade. O primeiro período é a fase em que uma religião pode oferecer uma solução viável para os problemas das pessoas. No segundo, a religião estabelece-se na cultura porém torna-se formal e deixa de corresponder às necessidades do povo. Na terceira fase, a religião cai no desinteresse total do povo e perde completamente a sua eficácia. No budismo, essas três eras são denominadas, respectivamente, de Primeiros Dias da Lei, Médios Dias da Lei e Últimos Dias da Lei. Em termos de extensão de tempo, são respectivamente o primeiro milênio, o segundo milênio e o terceiro milênio e eras posteriores ao falecimento do Buda Sakyamuni. Neste último, o Budismo de Sakyamuni perde completamente a capacidade de salvar as pessoas e Daishonin revela o supremo budismo para a salvação de toda a humanidade.


(9) Objeto de Devoção em termos de Pessoa: Pelo princípio de unicidade de Pessoa e Lei (ninpo ikka), tanto o Buda (pessoa) como o ensino (Lei) são em sua essência uma única entidade. Nitiren Daishonin revelou o objeto de devoção em termos de Pessoa e em termos de Lei (Nam-myoho-rengue-kyo), incorporando-o na forma de Gohonzon

10) Amenização do Efeito Cármico (tenju kyoju): Este princípio elucida que por meio da prática budista podemos receber os efeitos do mau carma do passado de uma forma amenizada.

11) Prática Individual e Prática Altruísta: A “prática individual” é o empenho na prática da fé (recitação do Gongyo e Daimoku) para beneficiar a si mesmo. A “prática altruísta” refere-se ao ato de ensinar o budismo para beneficiar outras pessoas

ALGUNS GOSHOS

  • Carta a Gijo-Bo
  • O Exílio de Izu
  • O general tigre de pedra
  • O verdadeiro objeto de adoração
  • A felicidade neste mundo
  • A herança da lei suprema da vida
  • A dificuldade em manter a fé
  • A estratégia do Sutra de Lótus
  • A perseguição de Tatusnokuchi
  • Desejos mundanos são iluminação
  • A verdadeira entidade da vida
  • Um navio para cruzar o mar de sofrimentos
  • Abertura dos olhos da imagens pintadas e de madeira
  • A essencia do capítulo"Os feitos do bodhisattva Rei dos Remedios"
  • Diálogo entre um Sábio e um Homem Ignorante
  • O Daimokudo Sutra de Lótus

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

" CARTA DE ANO NOVO"

(Mushimoti Gosho - Páginas 1491 a 1492)Escritura número 1 de Nitiren Daishonin na página 413 .


Recebi cem bolinhos de arroz (Mushimoti)e umcesto de doces.O dia do Ano Novo é o primeiro dos dias,o primeiro dia dos meses, o inicio da primavera e o iniciodo ano.Quem celebra esse dia tornar-se-á mais virtuosoe será amado por todos.Será como a lua que gradual-mente se torna cheia à medida que se dirige do oestepara o leste ou como o sol que se torna cada vez maisbrilhante à medida que viaja do leste ao oeste.Considerando a questão de onde estão o inferno e oBuda, um sutra diz que o inferno está debaixo da terraenquanto que outro diz que o Buda está no oeste.En-tretanto,um pensamento cuidadoso esclarecerá que am-bos existem em nossos próprios corpos.Tal como o vejo,a razão para isto é que o inferno está no coração dapessoa que insulta seu pai e está tambem naquela queridiculariza sua mãe.É como a semente de lótus queforma tanto a flor como uma nova vagem de semente.O Buda existe dentro do nosso coração.Tome,porexemplo,o fato de que o fogo pode ser produzido por pe-dras ou que as jóias possuem valor em si mesmas.Nós,seres humanos, não podemos ver nossas sobrancelhasque estão próximas nem o céu distante.Do mesmo mo-do,não comprendemos que o Buda existe em nossa pró-pria mente.Naturalmente pode desejar saber como oBuda pode nos alcançar quando,ao mesmo tempo, o nos-so corpo humano,que herda o sangue dos pais,é a origemdas três impurezas e o local dos desejos carnais.Ponde-rando-o reiteradamente;compreendemos ser razoável.A pura flor de lóyus floresce do fundo lamcento de umlago;a fragância do sândalo cresce da terra; as gracio-sas flores de cerejeiravêm da árvore;a bela Yang GuiFei nasceu de uma serpente; e a lua nasce detrás dasmontanhas para espalhar a luz sobre elas.A desgraçavem da boca de uma pessoa e arruína-a enquanto a boasorte vem da mente e traz-lhe honra.A sinceridade que vem da mente de uma pessoapara oferecer presentes ao sutra de Lótus no inicio doAno Novo é como as flores que desabrocham de uma ár-vore,uma flor de lótus que se abre num lago,as floresde um sândalo que desprendem sua fragância no MonteSessen,ou como a lua começando a subir. Creio que oJapão, fazendo-se inimigo do Sutra de Lótus, convidouo infortúnio distante de mil milhas, ao passo queaqueles que crêem no Sutra de Lótus reúnem a boa sortede dez mil milhas de distância.A sombra é formada pelocorpo e tal como sombra segue o corpo, os infortunioscairão no ´país cujas pessoas são inimigas do Sutra deLótus. Os crentes no Sutra de Lótus por outro lado,sãocomo o sândalo dotado de fragância.Cinco de janeiro
NITIREN
Fundo de CenaO presente Gosho é uma carta que Nitiren Daisho-nin endereçou à esposa de Lorde Omossu.Esta carta foidatada de 5 de janeiro, mas o ano foi omitido. Da pri-meira sentença,sabemos que a recebedora da carta,quefoi chamada Myoitisonni,enviou presentes de Ano Novoa seu Mestre que vivia em Minobu.O Lorde Omossu foi assim chamado, comumente,porque vivia na área chamada Omossu,situada próximaao atual Taissekiji.Seu nome completo era IshikawaShimbe Sanetada.Sua esposa era a irmã mais velha deNanjo Tokimitsu, um dos principais discípulos de Dai-shonin. Despertada à Lei Mística através da orientaçãode Nikko Shonin, continuou como devota crente portoda a sua vida.Nesta carta, Nitiren Daishonin elogia-a por sua ge-nuína fé como foi expressada pelos seus oferecimentos,afirmando que isto sem falha trará a ela muito boa sor-te e que ela será amada pelos outros por causa de suavirtude.Então,Daishonin claramente explana que tantoo Buda como o inferno são condições inerentes em ca-da pessoa.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Os dez estados da vida

Os Dez Estados (Jikkai) indicam os dez estados que uma única entidade de vida manifesta com o passar do tempo. O fator principal na condição essencial dos Dez Estados é a sensação subjetiva experimentada pelo “eu” nas profundezas da vida.
1. Estado de Inferno (Jigoku): Na escritura “O Objeto de Devoção para a Observar a Mente Estabelecido no Quinto Período de Quinhentos Anos Após o Falecimento do Buda”, Nitiren Daishonin diz: “A raiva é o estado de Inferno. Essa é uma condição em que a pessoa, dominada pelo impulso da raiva, é levada a destruir e criar a ruína para si e para os outros. Resumindo, esse estado é representado pelo sofrimento e desespero extremos.
2. Estado de Fome (Gaki): Consta na mesma escritura: “A ganância é o estado de Fome.” Essa condição é dominada por desejos egoístas e ilimitados de riqueza, fama e prazer, os quais nunca são realmente satisfeitos.
3. Estado de Animalidade (Tikusho): Essa escritura diz ainda: “A insensatez é o estado de Animalidade.” Nesse estado, segue-se a força dos desejos e dos instintos, sem ter sabedoria para controlar a si próprio.
4. Estado de Ira (Shura): “A maldade é o estado de Ira.” Estando consciente de seu próprio “eu” mas sendo egoísta, a pessoa não consegue compreender as coisas como são exatamente e menospreza e viola a dignidade dos outros.
5. Estado de Tranqüilidade (Nin): Na escritura “O Objeto de Devoção para a Observar a Mente Estabelecido no Quinto Período de Quinhentos Anos Após o Falecimento do Buda” consta: “A serenidade é o estado de Tranqüilidade.” Esse é o estado em que se consegue controlar temporariamente os próprios desejos e impulsos fazendo uso da razão, levando uma vida pacífica em harmonia com o meio ambiente e com as outras pessoas.
6. Estado de Alegria (Ten): “A felicidade é o mundo da Alegria.” É uma condição de contentamento e alegria sentidos quando a pessoa se liberta do sofrimento ou satisfaz algum desejo.
7. Estado de Erudição (Shomon): Os seis estados, do Inferno à Alegria, são manifestados por meio de impulsos ou desejos, mas são totalmente controlados pelas restrições impostas pelo ambiente e são também extremamente vulneráveis às circunstâncias instáveis. Por outro lado, o estado de Erudição é uma condição experimentada quando se empenha para conquistar um estado de contentamento e de estabilidade duradouro por meio da auto-reforma e do desenvolvimento. De forma concreta, Shomon é o estado no qual a pessoa dedica-se a criar uma vida melhor pelo aprendizado das idéias, conhecimento e experiências dos predecessores e contemporâneos.
8. Estado de Absorção (Engaku): Esta condição é semelhante ao estado de Erudição, uma vez que ambos indicam o empenho para a auto-reforma. No entanto, o que distingue o estado de Aborção do estado de Erudição é que em vez de tentar aprender das realizações dos predecessores, tenta-se aprender o caminho para a auto-reforma por meio da observação direta dos fenômenos.
9. Estado de Bodhisattva (Bosatsu): Estado de compaixão em que um indivíduo devota-se à felicidade dos outros mesmo que tenha de fazer sacrifícios. As pessoas dos estados de Erudição e Absorção tendem a carecer de compaixão, chegando a extremos na busca de sua própria perfeição. Em contraste, um bodhisattva descobre que o caminho para a auto-perfeição encontra-se unicamente no ato de compaixão — de salvar as outras pessoas do sofrimento.
10. Estado de Buda (Butsu): Essa condição é alcançada quando se obtém a sabedoria para compreender a realidade máxima da própria vida, a infinita compaixão para direcionar constantemente as atividades para objetivos benevolentes, o eu eterno perfeito e a total pureza da vida que nada pode corromper. O estado de Buda é o estado ideal que pode ser atingido por meio da prática budista. Já que nenhum estado de vida é estático, não se pode considerar o estado de Buda como um objetivo final; ao contrário, essa é uma condição experimentada nas profundezas do próprio ser ao se empenhar continuamente com benevolência na vida diária. Em outras palavras, o estado de Buda aparece na vida diária como as ações de um bodhisattva — boas ações ou atos benevolentes

A LEI DA CASUALIDADE


O budismo ensina que a felicidade humana baseia-se na Lei de Causa e Efeito. Diferentemente do conceito de causalidade nas ciências naturais e sociais, o princípio budista de causa e efeito considera em primeiro lugar a vida da pessoa.

Suponhamos que um aluno estude bastante para um exame e passe com notas altas. O estudo aplicado é a causa e ser aprovado, o efeito. Mas há sempre algum meio que liga a causa ao efeito, e neste caso o meio é o ato de prestar o exame. Tal meio funciona de duas formas: produz um efeito e contribui para formar uma nova causa. No entanto, a mesma quantidade de esforço não necessariamente leva aos mesmos resultados. Alguns estudantes têm naturalmente boa memória, ao passo que outros tendem a esquecer as coisas rapidamente. A questão mais importante é o que produz essas diferenças entre os indivíduos. O budismo atribui a causa ao modo de vida nas existências anteriores. A individualidade e as habilidades naturais são os efeitos das causas realizadas em existências anteriores.

Neste sentido, o budismo é muito diferente da doutrina de algumas religiões ocidentais que sustentam que um ser transcendental predetermina o curso de vida das pessoas neste mundo. O budismo afirma que cada indivíduo é responsável por seu próprio destino e tem ao mesmo tempo a prerrogativa para mudá-lo para melhor e desenvolver seu caráter no futuro. Isso significa que a pessoa com memória fraca não tem de se resignar ao seu destino. Se sabe de seu ponto fraco, pode iniciar os preparativos para um teste bem antes dos outros para que possa memorizar completa e eficazmente as matérias. Assim, poderá superar sua desvantagem. Em vez de depender de sua memória fraca, pode compensá-la aumentando sua compreensão. Estando ciente de seus próprios potenciais, fraquezas e inclinações, é possível desenvolver os pontos fortes e melhorar os fracos. Esta é a maneira correta de superar as limitações do destino. Mesmo assim, deve-se ter força suficiente para desfrutar a liberdade fazendo com que a Lei de Causa e Efeito atue em benefício próprio.

Nitiren Daishonin elucidou a forma de aumentar a própria energia vital e sabedoria para poder atingir a liberdade que está muito além do que se pode atingir apenas com um esforço consciente. Uma vez que o destino é o produto, ou o efeito, dos esforços passados determinados pela lei da causalidade, não se pode evitar seus efeitos. Contudo, a pessoa não deve se resignar. Se permanecer firme no leito do rio da vida, a Lei Mística, que é a entidade da vida, e não apenas as torrentes do carma, ou destino, podem conduzi-lo. Estabelecendo uma base inabalável, pode-se obter a liberdade de agir de acordo com a própria vontade.